FRENTE POPULAR E DEMOCRÁTICA EM DEFESA DA COPEL PÚBLICA

Frente Parlamentar quer mobilizar paranaenses contra venda da Copel

Frente Parlamentar quer mobilizar paranaenses contra venda da Copel

Deputados integrantes da Frente Parlamentar das Estatais e das Empresas Públicas da Assembleia Legislativa do Paraná pretendem promover audiências públicas em todo o Estado para informar a população e debater o projeto de privatização da Copel defendido pelo governo estadual. A realização dos encontros está entre os encaminhamentos apontados pela Frente durante audiência pública “A Copel é Nossa! Não à privatização”, que aconteceu na última segunda-feira (17).

A Frente também deverá solicitar ao governo federal a revogação do programa de privatização da Copel, a anulação de um decreto assinado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro que altera as regras sobre renovação de concessões de geração de energia elétrica em casos de privatização e tentará um encontro com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Todos esses encaminhamentos foram incluídos na Carta aos Paranaenses contra a Privatização da Copel, aprovada no evento.

Coordenador da Frente, o deputado estadual Arilson Chiorato (PT) disse que o objetivo é conseguir uma mobilização popular e conquistar o engajamento de instituições no tema, semelhantes aos que ocorreram em 2001 e que impediram a privatização da estatal de energia elétrica. Além das audiências públicas que irão percorrer os principais municípios paranaenses, a intenção é dar continuidade ao abaixo-assinado contra a venda da Copel que reúne até agora 40 mil signatários. O documento foi entregue aos parlamentares na audiência pública de segunda-feira pelo engenheiro da estatal Fernando Azevedo. “Se conseguirmos entre 130 mil e 140 mil assinaturas, podemos fazer um projeto de lei de iniciativa popular para barrar a venda da companhia”, disse Chiorato.

O coordenador da Frente pretende iniciar o quanto antes as audiências públicas e planeja que elas sejam finalizadas em um período de 45 dias. A expectativa do governo do Estado é disponibilizar as ações da Copel no mercado no segundo semestre deste ano.

Em novembro de 2022, a Assembleia Legislativa aprovou, em segunda discussão, com 35 votos favoráveis e 13 contrários, o projeto de lei que autorizava a venda de ações da Copel e retirava das mãos do Estado o controle sobre a companhia. Pelo projeto, o governo do Paraná terá, no máximo, 10% das ações da Copel com direito a voto, contra os 69,7% atuais. O governo ficaria com participação não inferior a 15% do capital social total da companhia, que atualmente é de 31%.

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